Para JMT, “este período de crise que temos vindo a atravessar deveria ser utilizado para se retirar partido do que está instalado”.
Mas a sua opinião é que “parece que se está numa fuga para a frente. Em parte, sabe porquê? Pelo modelo de negócio da maior parte da indústria informática e das consultoras, que é um modelo de facturação, ao mês, e não baseada em resultados.
Poucas são as empresas informáticas que têm como ética e paradigma de negócio, ganho em função dos resultados reais obtidos na empresa a médio e grande prazo”.
Mas logo acrescenta: “Também é verdade que a maior parte dos clientes também não sabe comprar nem sistemas informáticos nem consultoria em SI.
Os administradores estão a comprar segurança aos consultores.
Quando querem dar uma opinião têm uma consultora que diz o que querem. E quando vão ao CA, se não há de acordo, muda-se de consultora.
Nos governos, há grupos de consultoras que rodam quando muda o governo”.
Mas JMT não se atira completamente aos fornecedores: “Quando os clientes querem comprar para ontem, querem garantia do milagre e barato, a indústria configura a oferta à procura. É um problema que temos que ultrapassar”.