O operador sueco de telecomunicações para a rede fixa fez um balanço muito positivo do primeiro de actividade no mercado português
Um ano depois de ter iniciado formalmente a sua actividade enquanto operador fixo em Portugal, a TELE2, empresa pan-europeia de telecomunicações de origem sueca, está bastante satisfeita com os resultados e, para assinalá-lo, anunciou uma redução das tarifas das chamadas nacionais, no horário económico, que passam a custar 1 cêntimo por minuto, menos 72% que o valor praticado pela PT, assegura.
Para Ignacio de Montis, director-geral da operação em Portugal.
O crescimento da operadora no mercado português é sinónimo de competitividade, credibilidade e confiança.
“Existe a percepção geral de que a Tele2 oferece os preços mais baixos mas, além da competitividade das tarifas, os clientes reconhecem também as vantagens de um serviço simples, de fácil adesão e de qualidade, factores que considero fundamentais para o elevado índice de fidelização que conseguimos.
De facto, o sucesso da TELE2 Portugal é já considerado como um caso de sucesso a nível do grupo TELE2 e usado como benchmark para novos lançamento em outros países”.
Em termos internacionais, durante o primeiro semestre de 2004, aderiram ao Grupo TELE2 cerca de 2,6 milhões de novos utilizadores, o que permitiu ao operador pan-europeu ultrapassar a barreira dos 25 milhões de clientes.
Com efeito, em Portugal o operador atingiu os objectivos que se definiu para o primeiro ano, isto é, uma quota de mercado superior a 4% e cerca de 150 mil clientes activos, quando o objectivo para o primeiro ano era de 100 mil clientes, alcançado em Maio último.
Alexandra Pulido, directora de marketing, atribui este sucesso na captação de clientes ao preço – o principal factor diferenciador da Tele2 – e à simplicidade do serviço – um só produto, um só tarifário simples –, uma vez que o operador tem o consumidor residencial como o mercado alvo, embora também tenha como clientes profissionais liberais e microempresas.
Acrescenta ainda o facto da TELE2 ser um operador pan-europeu com provas dadas noutros mercados, o que “oferece garantias e segurança aos clientes”.
Apesar deste sucesso, o objectivo a três anos permanece nos 300 clientes, até porque não existindo mais mercado.
Este tem que ser conquistado à concorrência.
Mas esclarece que o principal concorrente é a ainda não existência de uma factura única, que inclua o custo a pagar à PT, como revendedor de tráfego, e o custo de quem fornece o serviço directo ao cliente.
Um factor que a empresa considera também importante é “a agilidade e simplicidade própria de estruturas organizativas leves e pouco hierarquizadas”.
Por outro lado, conta com uma estrutura de custos pouco pesada, apenas quinze pessoas – mais do que duplicou em um ano.
A apoiar a empresa existe o call center da Transcom, em Famalicão, que conta com 150 pessoas.